Quem somos
O Projeto Rural Sustentável Caatinga é uma iniciativa realizada com recursos do Financiamento Internacional para o Clima-ICF do Governo do Reino Unido em cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), tendo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) como beneficiário institucional. A execução do PRS Caatinga é realizada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS).
A FBDS
A Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) é uma entidade sem fins lucrativos que se diferencia pela rede de relacionamentos que estabelece com a comunidade científica, entidades de fomento internacionais e corporações nacionais.
É uma organização que concebe e elabora projetos e parcerias no tema do desenvolvimento sustentável, por meio de uma estrutura que concilia a fronteira do conhecimento com capacidade gerencial. Mescla sólida experiência corporativa com forte conhecimento técnico-científico em seu conselho curador, fato que agrega valor ao posicionamento institucional da Fundação e reforça a sua credibilidade ética e profissional.
Foi fundada em 1992 e traz para a temática do desenvolvimento sustentável o olhar de uma entidade que não só acompanhou a evolução do tema, como também participou de forma relevante de momentos decisivos desta trajetória.
Nossos objetivos
"Mitigar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE),
combater a pobreza e aumentar a renda de pequenos e
médios agricultores no bioma Caatinga (semiárido) por meio da adoção de
tecnologias de agricultura de baixa emissão de carbon (ABC)."
Por que as tecnologias ABC na Caatinga?
A atividade agropecuária é um setor estratégico para a economia brasileira, movimentando 5,2% do PIB nacional (IBGE, 2019). No entanto, a sua dimensão também se expressa no grande volume de gases de efeito estufa emitidos. Segundo o Banco Mundial (2010), o setor responde por 43% das emissões de gás metano e 67% das emissões de óxido nitroso – principais agentes do aquecimento global.
Na perspectiva da redução da vulnerabilidade das populações, dos setores econômicos e da biodiversidade frente às mudanças climáticas, as tecnologias de agricultura de baixo carbono reúnem práticas sustentáveis que aumentam a produtividade agrícola, preservam a vegetação nativa, garantem renda ao produtor e diminuem a emissão de gases de efeito estufa.
A sua adoção representa uma oportunidade para atender às demandas atuais e futuras de produção de alimentos, associando atividades produtivas à agenda de sustentabilidade ambiental e social. Além disso, converge com outras temáticas históricas e ainda atuais da Caatinga, como a convivência com o semiárido e seus métodos conservativos e o combate à desertificação.
Como trabalhamos
A implementação de um padrão produtivo e tecnológico de baixa emissão de carbono é um processo complexo em atividades de agricultura e pecuária, demandando diversos recursos e a coordenação de atividades realizadas por diversos setores da economia. O PRS Caatinga investe no fortalecimento de Arranjos Produtivos Locais (APL) na medida em que reconhece a necessidade de promover a articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre empreendimentos de um território.
Segundo Lastres et al (2002), os APLs “são aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais, com foco em um conjunto específico de atividades econômicas e que apresentam vínculos e interdependência. Geralmente, envolvem a participação e a interação de empresas – que podem ser desde produtoras de bens e serviços finais até fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros – e suas variadas formas de representação e associação. Incluem, também, diversas outras instituições públicas e privadas voltadas para a formação e capacitação de recursos humanos, como escolas técnicas e universidades; pesquisa, desenvolvimento e engenharia; política, promoção e financiamento.”