PRS Caatinga investe em capacitações continuadas dos profissionais de ATER

Patrisia Ciancio | 4 de julho de 2022

Oficina sobre GHG Protocol e curso de georreferenciamento consolidam conhecimentos e aprimoram as atividades no campo

O PRS Caatinga está investindo em capacitações continuadas aos 60 profissionais de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural que atuam em iniciativas apoiadas pelo Projeto. Para proporcionar a melhoria contínua, no mês de junho o time de técnicos participou de duas capacitações em ferramentas que aprimoram o trabalho no campo: a oficina sobre o GHG Protocol, oferecida pela organização governamental World Resources Institute (WRI Brasil), e o curso de georreferenciamento, oferecida pela parceira do Projeto, a Fundação Araripe.

GHG Protocol: padrão global de mensuração de emissões de gases de efeito estufa

O GHG Protocol foi apresentado pelo engenheiro agrônomo João Paulo da Silva, membro da equipe do WRI Brasil. Esse protocolo é um pacote de padrões de contabilização de emissões e remoções de gases de efeito estufa, que permite que diversos setores produtivos mensurem as emissões oriundas das suas atividades e reportem o impacto climático das suas atividades humanas, possibilitando o planejamento de ações de mitigação.

Na agropecuária, a ferramenta permite mensurar e identificar oportunidades de redução de emissões de GEE, apoiando o setor para aumentar a produtividade a partir de Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono, contribuindo para metas e políticas nacionais como o Plano ABC. A apresentação do especialista foi marcada pela valorização das TecABC como o Sistema de Plantio Direto (SPD), que evita a perda de água nas plantações; e a Recuperação de Áreas Degradadas (RAD), que proporciona menor risco para a perda de produtividade, entre outras soluções mencionadas.

Segundo o especialista, 92% das emissões brasileiras de gases de efeito estufa são de dióxido de carbono – um gás que permanece na atmosfera terrestre por centenas a milhares de anos. Nesse sentido, a redução de emissões depende de uma estratégia de mitigação que envolva governo, com sua capacidade de oferecer incentivo para práticas sustentáveis; a sociedade civil, e seu poder de mobilização; e produtores alinhados com tecnologias sustentáveis.

“O GHG funciona muito bem para identificar os fatores de emissão e seus responsáveis . Com essa ferramenta é possível sinalizar as emissões nas propriedades. O uso do GHG Protocol pode promover uma mudança de cultura, pois será dada mais importância ao tema de redução de emissões”, disse o engenheiro da WRI.

Curso de georreferenciamento com a ferramenta Google Earth

AInda em junho, o PRS Caatinga promoveu, a partir de uma oferta da Fundação Araripe, o Curso de Formação Básica na Ferramenta Google Earth para consolidar o conhecimentos dos profissionais de ATER em georreferecinamento. O objetivo é melhorar a elaboração de mapa das propriedades, que identifica e detalha aspectos como as infraestruturas, o uso da terra e dos ambientes potenciais para produção. O curso foi conduzido por Alinne Freire, coordenadora técnica da ação do PRS Caatinga em parceria com a Fundação Araripe, e teve duração de 4 horas.

A partir da localização da propriedade e da identificação desses aspectos, o PRS Caatinga irá elaborar um Projeto Produtivo das Propriedades que indica o seu potencial de produção e a projeção das oportunidades de aumento de renda para as famílias agricultoras rurais a partir da adoção das TecABC.