Dia do Trabalhador Rural: A ousadia de levar as Tecnologias de Baixo Carbono para a Caatinga

Patrisia Ciancio | 25 de maio de 2023

Confira os depoimentos de agricultores e agricultoras familiares que estão implementando as inovações nas suas propriedades

Dona Osvaldina diz que com o PRS Caatinga aprendeu novas formas de fazer ração para manter os animais durante a seca. Seu José está encantado com os novos conhecimentos e esperançoso em aplicar as tecnologias de baixo carbono para aumentar a sua produção e a renda familiar. Seu Rosenildo está feliz com o jeito diferente e mais sustentável de cuidar dos animais. Leiliane acredita que o Projeto traz oportunidades para ela e para a sua família. Maria Aparecida está animada com a economia que terá por conta da construção dos biodigestores. Esses são alguns depoimentos de agricultores e agricultoras familiares que, em parceria com o Projeto, aceitaram “a ousadia de levar as Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono (TecABCs) para a Caatinga, como costuma dizer o diretor do PRS Caatinga, Pedro Leitão.

Neste Dia do Trabalhador Rural, 25 de maio, confira os depoimentos de quem está implementando as tecnologias de baixo carbono em suas propriedades:

Dona Osvandina

Dona Osvandina

”O Projeto auxilia no sustento de casa, através de conhecimentos transmitidos, como por exemplo, como investir de forma sustentável em plantas que servem para alimentação própria e criação de animais por meio de forragens. O PRS Caatinga nos trouxe novos conhecimentos, novas formas de fazer ração para manter os animais na seca”.

Dona Osvaldina, Comunidade de Emparedadas, Piauí

Seu José

“Todos e todas estão de parabéns, não só aqui no assentamento, mas em outros assentamentos por aí com essa produção de alimentos saudável e também pelo reflorestamento das terras que estão improdutivas. Daqui pra frente, vamos ter orientação e vai melhorar cada vez mais a nossa produção. Então é uma coisa que ‘nós’ agradece muito, a presença de vocês aqui, por estar ajudando ‘nós’ com a orientação. A gente vai se capacitar cada vez mais, para ter mais experiência, e essa produção aumentar cada vez mais”.

Seu José, Belo Monte, Alagoas

Seu Rosenildo

“Eu fui uma das primeiras pessoas interessadas em participar do Projeto. Comecei devagarinho com minhas cabras, comecei a criar elas de forma diferente, do jeito que a gente foi aprendendo, um jeito diferente das outras pessoas, mas que eu tinha vontade, já apostava nesse jeito de cuidar dos bichos e da Caatinga. Eu associei na minha roça o sisal, o capim e agora vou colocar o cunhã que eu sei que é bom. Também estou gostando muito, por ser uma forma mais barata e mais fácil de cuidar dos meus animais, estou até podendo trabalhar fora também. Por isso, para mim só vejo pontos positivos nessa forma que estão nos ensinando a trabalhar, não tenho nenhum ponto negativo para apontar, inclusive eu falo na minha região que o jeito melhor de criar é desse jeito.

Seu Rosenildo, região do Sisal, Bahia

Leilaine

“Entrei no PRS Caatinga e estou muito feliz porque estou tendo oportunidades de ver um futuro melhor para a minha família, para minha vida e a dos meus filhos – tanto na parte de produção, quanto na renda. Antes não tínhamos noção de como era produzir e, graças a Deus, estamos tendo uma orientação muito boa. Gostaria muito de ter uma renda melhor e tudo está sendo muito produtivo. Trabalhando aqui na agroindústria, estamos tendo noção de como é realmente ter uma renda. Quero ter uma produtividade melhor, com cultivos de frutas e ovos e expandir para nossa comunidade, para que eles tenham também uma renda futuramente. Sou muito grata por ter essa oportunidade que estou vivendo aqui na associação e na agroindústria”.

Leiliane, Exu, Pernambuco

“Estou satisfeita com a construção de biodigestores por conta da economia que essa tecnologia representa para minha família. Estou animada por não precisar mais comprar botijões de gás fertilizantes químicos. Por isso resolvi investir nessa tecnologia social. A economia de gás é muito grande e o biofertilizante eu uso nas plantas como adubo”.

Maria Aparecida, Porto da Folha, Sergipe