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Da Caatinga para o debate global
| 11 de novembro de 2021
“As tecnologias sociais precisam se adaptar à linguagem da agenda climática”, afirma diretor do PRS Caatinga”
O diretor do PRS Caatinga, Pedro Leitão, falou sobre as estratégias e ações do projeto para a implementação das Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono (TecABC) por pequenos e médios produtores rurais, durante o 8º Seminário Internacional de Convivência com o Semiárido, realizado pelo Centro Xingó”. Leitão participou da mesa redonda virtual que debateu as “Ações contra a mudança global do clima (ODS 13): Plano ABC”, no dia 10 de novembro.
– Existe uma adaptação cultural das TecABC, que é oriunda de uma agenda climática, com o que já se pratica no bioma e que chamamos de tecnologia social. Essas adaptações vão ganhando um colorido, que é o colorido da Caatinga. Temos soluções geniais, interessantíssimas, mas é preciso dizer quanto carbono está sendo emitido, quanto nitrogênio está sendo fixado no solo. É preciso falar essa língua, colocar números, introduzir métricas nas tecnologias sociais para que elas dialoguem com a questão climática -, afirmou o diretor do PRS Caatinga.
Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 13
A atuação do PRS Caatinga é alinhada ao Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 13, de “adotar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus efeitos” por meio de estratégias como: reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados à clima; integrar medidas de mudança do clima em políticas estratégicas; melhorar a educação e aumentar a conscientização e a capacidade humana.
Neste último ponto, destaca-se o Programa de Capacitação em Tecnologias Agrícolas de Baixo Carbono,que está sendo ofertado para mais de 600 estudantes por meio de uma parceria entre a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).
Além de Pedro Leitão, a mesa redonda teve a participação de Sidney Medeiros, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Luciana Carrijo, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Silvanete Lermen, da Associação dos Agricultores (as) Familiares da Serra dos Paus Dóias (Agrodóia).